E se as
histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam
eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?
José Saramago
Iniciámos as actividades da biblioteca relativas ao
mês de Janeiro, num dia em que o sol brilhou. O brilho deste sol de pouca dura
e os alunos dos 3º anos foram testemunhas das várias e distintas mensagens que
a história “O Ponto” deixa a quem a lê: a marca que é imprescindível deixar
neste percurso que é a vida; a necessidade imperiosa do professor acreditar nos
seus alunos e eles em si mesmos, para que haja crescimento como aluno e como
pessoa; a certeza de não poder dizer “não sou capaz” antes de experimentar,
acreditando que sempre podemos fazer melhor.
Falando de pontos … falámos de pontilhismo
descobrimos pintores e pintámos aplicando essa técnica.
A experiência foi enriquecedora para todos!
Na semana seguinte com os amigos do 4º Ano de
escolaridade descobrimos “A Maior Flor do Mundo”. Escutada a história, o
diálogo prolongou-se doce e vivo pelo livro… cruzámos as palavras do José
Saramago com as deliciosas ilustrações do João Caetano e descobrimos tantas
coisas que nos fazem felizes!
Que belo momento!
Alunos e professores comungaram dessa felicidade que
é ler o nosso prémio Nobel, José Saramago.
Em consonância com a
mensagem da história reciclámos jornais e construímos para o hall de entrada a
nossa Maior Flor do Mundo. Deste modo partilhámos a ideia de José Saramago de
que é possível fazer “coisas muito maiores que o nosso tamanho”.
Com os alunos do 1º ano de escolaridade visitamos a
serra e conhecemos a pequena formiga que na neve prendeu o pé. A musicalidade
da repetição da cantilena encadeada encantou os alunos, que no final da
apresentação já a queriam repetir (e conseguiram!!!).
A Luísa Ducla Soares possibilitou - com o “Mais
lengalengas”- exercitar a memória e destravar a língua, ao mesmo tempo que nos
ensinou que ninguém é mais forte que ninguém e que todos precisam da ajuda de
todos.
Já no final do mês, os alunos do 2º ano de escolaridade
tiveram a visita do elefante cor-de-rosa, que lhes apresentou a Luísa Dacosta.
A história possibilitou um diálogo enriquecedor sobre os sonhos, a necessidade
de cuidar do planeta e claro a imaginação.
Sem modéstia e muito bem, todos reconheceram, que não
existe melhor lugar para um elefante cor-de-rosa viver do que a imaginação de
uma criança.
Descoberto o elefante cor-de-rosa, imaginaram-se muitas
histórias … elefantes cor-de-rosa que se escondiam no galinheiro…no quintal …
debaixo da cama … mas sempre grandes amigos dos meninos.
E no final, todos os meninos descobriram um elefante
cor-de-rosa, na palma das suas mãos, num belo trabalho de Expressão Plástica
que enfeitou as paredes da sala de aula.
Querem saber um segredo?
Os adultos presentes também receberam a visita do seu
elefante cor-de-rosa, mas à boa maneira dos adultos não partilharam, se bem que
conseguimos ver em cada rosto (adulto) um sorriso … quando o encontraram.
Professores responsáveis Ana Lopes e Luís Pargana