sexta-feira, 11 de abril de 2008

Concurso «A página perdida»

Vai à biblioteca, lê o texto que está exposto e, de entre os livros seleccionados, descobre a que obra pertence a página perdida.
Assim que descobrires, clica em Comentários, no fim deste post, e dá a tua resposta.
Concorre já!!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Escritores de Língua Portuguesa na nossa biblioteca

Os alunos do 7ºB realizaram pesquisas sobre alguns autores que escrevem no nosso idioma. Os trabalhos, realizados no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, estão expostos na biblioteca.



sexta-feira, 4 de abril de 2008

Poema



























O 9º A inspirou-se em “Nocturno”, de David Mourão-Ferreira, para produzir em conjunto este poema que ofereceu à BE, durante a Semana da Leitura.

Variações sobre um “Nocturno”

Era, nos meus olhos, o espelho dos teus.
Era, na solidão, o meu coração a abrir-se.
Era, na escuridão, a sombra das lágrimas perdidas.
Era, na noite escura, a censura.

Era a noite mais quente deste Verão.
Era a certeza de ficar sem ti.

Era, no fundo de uma rua, que soavam os passos.
Eram, num rio estreito, barulhos barulhentos.
Era, no estádio, barulhos de emoção.
Era, na noite assombrada, que eu ouvia o teu coração.

Era a noite mais quente deste Verão.
Era a certeza de ficar sem ti.

Eram, naquela calçada escura, os passos audíveis.
Eram, na virtude do pensamento, mil ideias que surgiam.
Era, numa noite linda, uma lua a brilhar.
Era, nos teus olhos, o reflexo da solidão.

Era a noite mais quente deste Verão.
Era a certeza de ficar sem ti.

Era, nas minhas lágrimas secas, a profunda dor de não te ter.
Era ver, sem ter olhos.
Era, no fim, mais uma vida acabada.
Era, pelo mundo, apenas mais uma passagem.

Era a noite mais quente deste Verão.
Era a certeza de ficar sem ti.

Era, no oceano profundo, o grito de fundo.
Eram, em sonhos profundos em vão, palavras escurecidas no meu coração.
Era, na erva pura, uma vaca a comer, o sol a nascer.
Era, na aldeia escura, o som da água a correr.

Era a noite mais quente deste Verão.
Era a certeza de ficar sem ti.

Era, no céu brilhante, um planeta vazio.
Era, no brilho dos teus olhos, o teu sorriso contente.
Era, nessa noite de Verão, sentir o meu coração.
Era, no planeta escuro, que não se via o futuro.

Era a noite mais quente deste Verão.
Era a certeza de ficar sem ti.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A frase do mês de Abril

“Jamais desesperes, mesmo perante as mais sombrias aflições da tua vida, pois das nuvens mais negras cai chuva límpida e fecunda.”
Provérbio chinês

Dia Internacional do Livro Infantil




O Dia Internacional do Livro Infantil comemora-se a 2 de Abril, data do nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen.

PARA O DIA 2, A EQUIPA DO CENTRO DE RECURSOS SUGERE AOS PAIS:

Leve o seu filho a uma livraria e ofereça-lhe um livro;

 Leve o seu filho à Biblioteca Municipal e ajude-o a requisitar um livro adequado à sua idade;

 Leia-lhe um livro ou conte-lhe uma história e...boas leituras!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Sugestão de Leitura


O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão,de Eric Emmanuel Schmitt


Quem não ouviu já o provérbio “Quem vê caras não vê corações”?
Tal princípio podemos aplicar quando pegamos num livro que não é conhecido como um “best-seller”, ou que alguém nos diz que gostou, e não nos parece despertar qualquer interesse!
Vou falar sobre um dos últimos livros que li, e me surpreendeu logo que folheei algumas das suas páginas, O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão, que conta a história de Moisés, mais conhecido por “Momo”, um menino judeu de 12 anos, que viveu em Paris, nos anos 60.
Momo partilha connosco a história da sua infância, fruto de uma educação muito rígida de seu pai, um advogado judeu, desprovido de amor, que não tinha amigos e que via as pessoas com desconfiança e desprezo, que tinha no filho o seu escravo e que o estava sempre confrontando com a perfeição de seu irmão mais velho (inexistente, mas fruto da imaginação de seu pai).
Um dia começa uma grande amizade com o Senhor Ibrahim, o merceeiro da rua, que apelidado de árabe, era apenas muçulmano, um homem reservado, que vivia também na solidão da sua viuvez, e fez com que Momo visse nele a figura de um pai que lhe ensina como é o amor, o sorriso, a beleza do Mundo e da Vida.
Abandonado por duas vezes: quando nascera, pela mãe; e ao chegar à adolescência, pelo pai, que depois se suicidou, e lhe assombrava a vida; foi o Senhor Ibrahim que lhe contou que seu pai perdeu os pais quando era muito novo, que foram apanhados pelos nazis e morreram nos campos, e que talvez por isso nunca tenha conseguido ser feliz.
Momo foi ter com o Senhor Ibrahim e disse-lhe a brincar:
“Então, quando é que me adopta?”
E este respondeu, divertido.
“Mas meu pequeno Momo, já amanhã, se quiseres!”
E foi então o culminar de uma grande amizade (de pai e filho), com uma delicadeza e uma subtileza emocionantes, que acaba com uma história doce até a morte os separar, e ao mesmo tempo fazer de Momo um homem corajoso, que mostra que a amizade e o afecto não têm religião, raça ou continente.

(Vicência Boto – 12º ano)